Primeiramente
escute-a e fique em silêncio,
sabendo que há a presença de alguém que irá escutar sem culpar ou julgar é
essencial.
Não tente resolver o
problema,
nem fazer perguntas com intuito de entender o acontecimento ou encontrar uma
solução para o trauma. A pessoa ainda pode sentir muita raiva e vergonha, e
pode ser que ela apenas queira compartilhar sua história sem ter o peso de
explicar a fundo.
Pergunte a ela como
está física e psicologicamente. Converse com ela, com intuito de perceber em
que estágio se encontra em seu processo de absorção do ocorrido. E, se ela não
quiser falar, tudo bem de ficar em silêncio.
Prive-se de atenuar a experiência da mulher/criança abusada/estuprada com certos tipos de comentários inapropriados.
Abstenha em comentar inadvertidamente questões que
absolva o autor do estupro e culpe a abusada/estuprada. Só porque uma
mulher/criança estuprada não protestou violentamente ou não havia sinais de
resistência física, isso não quer dizer que ela não tenha sido atacada.
Evite fazer afirmações como “vou quebrar a cara dele”, não são úteis, na
verdade, pode fazer com que ela se sinta culpada por jogar a problemática sobre
você. Mantenha-se calmo e escute-a.
A
mulher/criança abusada/estuprada chega a um ponto que guarda o trauma por tanto
tempo que se abrem para qualquer pessoa que esteja ali, mesmo se a pessoa não for
próxima a ela. Neste caso, é crucial
permanecer em silêncio e ser uma fonte de apoio.
Se o estuprador for
alguém que você conhece, uma reação comum é entrar em um processo de negação. Quando você nega os
fatos, você atesta que a estuprada está inventando as coisas, o que pode
perpetuar o trauma ainda mais. É importante entender que qualquer pessoa é
capaz de cometer uma violência sexual, seja um parente, amigo, líder
comunitário, religioso, etc.
Ao
compartilhar a história, a estuprada mostra que confia em você, por isso, trate
a informação com sensibilidade, não faça
fofocas sobre isso com outros e respeite a privacidade dela.
DENUNCIE - Ligue 100, para denúncia por telefone.
AUTOR: Elias Morato Neto
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